Alves Redol e Soeiro Pereira Gomes, escritores neo-realistas, que cresceram e viveram à beira do Tejo, em Vila Franca de Xira e Alhandra, escreveram várias obras que homenageiam as gentes do Rio.
Os belos romances, "Avieiros" e "Esteiros", são um bom exemplo do que acabamos de dizer, pelo que transcrevemos, com a devida vénia, duas frases curtas, mas de grande simbolismo:
«[...] Os velhos falavam num Tejo que fora um jardim de peixes; e diziam que andavam todos a pagar o pecado das guerras e das artes modernas de pescar. [...]» (Avieiros)
«[...] Quando o Tejo passa, algo acontece sempre, porque um rio tem as suas glórias e os seus dramas como os homens. Um rio vive, respira, trabalha, constrói e destrói. [...]» (Esteiros)
(Fotografia de Luís Eme -Trafaria)
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