sábado, 30 de abril de 2022

Ainda as "Odes ao Tejo" de Armindo Rodrigues...


Escolhemos publicar a parte final da "Ode Décima", de Armindo Rodrigues, por ter mais Tejo...


[...]

Sou eu, Tejo,
a sufocar, até ao impulso mais íntimo,
os anseios que me enchem,
para não quebrar o sossego tão puro
e, simultaneamente, sensual que me envolve.

Sou eu, Tejo,
a sentir-me com estranheza, eu próprio
sereníssimo,
apenas, porventura, um pouco receoso
de que a piedade,
impotente, 
me endureça.


(Fotografia de Luís Eme - Tejo)


quarta-feira, 27 de abril de 2022

As "Odes ao Tejo" de Armindo Rodrigues


Em 1972 o poeta Armindo Rodrigues publicou um livro que dividiu em três partes: "Odes ao Tejo", "As Sete Luas do Poeta Gomes Leal" e "Lisboa Próxima e Distante".

Por razões óbvias, é a primeira parte que nos interessa e é por isso que publicamos algumas das "quintilhas" que escreveu da "Ode Primeira":


Nas tardes dos domingos em que o sol
tem um brilho mais nítido e mais quente
e os cafés estão cheios de uma gente
burguesa, tola, amargurada e mole,
busco a beira Tejo, transparente

[...]

Olho o lado da barra, que não vejo,
e de novo Camões o Tejo cruza, ´
opondo ao tempo a epopeia lusa,
e Bocage de novo cruza o Tejo,
tangendo, magoa sua vária musa.


(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)



terça-feira, 19 de abril de 2022

"Uma Janela para esse Monumento que é o Tejo..."


Raul Solnado, um dos grandes comediantes portugueses do século XX, falou do Tejo no inesquecível suplemento DNA,  do Diário de Notícias", em Outubro de 1997:

«E o Tejo? É uma estátua descomunal. No outro dia vinha num barco e vi um milhão de janelas e pensei assim: “Meu Deus, eu nunca consegui ter assim uma janela para esse monumento que é o Tejo…”.»

                                            

(Fotografia de Luís Eme - Tejo)