Fernando Pessoa escolheu Alberto Caeiro ("Guardador de Rebanhos"), um dos "reflexos do seu espelho", para nos falar do Tejo e também do Rio da sua Aldeia...
Começa assim:
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
E diz coisas tão simples como:
O Tejo desde de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
E depois acaba assim:
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
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