sábado, 25 de abril de 2020

"Muito Tejo"


Porque hoje é mais Abril que ontem, mais um poema e uma imagem da minha exposição, "Cravos da Liberdade - Fotografias com Palavras"...

Muito Tejo

Esta podia ser
a barca de "MUITO TEJO"
que o poeta Ary popularizou
entre muitos poemas e canções
como as "Portas que Abril Abriu"
um hino de todas as revoluções...


(Fotografia de Luís Eme - Tejo)


sexta-feira, 24 de abril de 2020

"Janela da Liberdade"



Em 2014, fiz uma exposição de fotografia ilustrada, com Cravos e muito Abril e algum Tejo, que lhe chamei, "Cravos da Liberdade - Fotografias com Palavras", e que esteve patente no "Espaço Doces da Mimi", em Abril.

             Janela da Liberdade


    Olho a JANELA DA LIBERDADE,
    sempre aberta de par em par
    vejo o Tejo, a Ponte e a Cidade,
    hoje que estou com todo o tempo
    do mundo para sonhar…


(Fotografia de Luís Eme - Almada)

quarta-feira, 22 de abril de 2020

"A vista corre, lés a lés deste vasto cenário..."


No meu trabalho de pesquisa encontrei um texto sobre o Tejo, que é de tal forma abrangente, que percorre quase mais do que a nossa vista alcança, num dos muitos miradouros, da banda de cá e da banda de lá. Embora o texto de Jaime Cortesão tenha sido publicado no já desaparecido "O Jornal", penso que deveria ser uma transcrição, de um qualquer artigo sobre Lisboa, publicado anteriormente.


[...] «Para lá deste tumulto de formas e cores, rasga-se em frente a enseada azul do Tejo, tão ampla e tamisada de tons que logo funde tudo e mais em seu esplendor e vastidão.
A vista corre, lés a lés deste vasto cenário, desde a barra e o mar até às vastas lezírias do Ribatejo, que já mal se lobrigam ao nascente. Entre a barra e o portal de Cacilhas, apertado a sul pelas colinas baixas da Trafaria, Lazareto e Almada, estende-se o canal do rio, dum azul intenso e concentrado. Logo, e de chofre, o Tejo abre a enseada imensa, que mais diríamos um lago, tão remansoso e fechado nos fica a toda a volta. Para lá do pontal, mais abrigada, a enseada do Alfeite espelha as águas límpidas e quietas dum azul leitoso.» [...]


(Fotografia de Luís Eme - Tejo)

terça-feira, 14 de abril de 2020

Olhar Solitário



Olhar Solitário

Nestes tempos malucos
não posso ir a muitos lugares.
Quase ninguém pode...

Mas há alguns dias,
que quase que fujo.
(sem ninguém ver)
e subo até ao Jardim do Castelo.

Gosto de olhar o Tejo 
e as outras coisas, cá de cima.
Vou com o olhar 
até ao Terreiro do Paço, 
depois passo por Alcântara, 
Belém e Trafaria.

Quando regresso
fico-me pelo Ginjal.

E foi ao olhar o cais
que te descobri
e quase "inventei"a  tua história.
Sim, lias poesia e fazias um filme,
para depois enviares, 
para longe e para perto,
com o cheiro do Tejo...

Luís (Alves) Milheiro

(legenda poética de uma fotografia que tirei no sábado)


(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


domingo, 5 de abril de 2020

"Habituei-me a ver o Tejo, ao fim da tarde..."


O Tejo não inspira apenas poemas, há também quem o misture dentro das suas crónicas, como aconteceu com Maria Filomena Mónica, no "Expresso" (Agosto de 2013)


«[...] Gosto do rio que corre na minha cidade, porque através dele se chega ao mundo. Durante cinco infelizes anos trabalhei num gabinete no Terreiro do Paço, no edifício que faz esquina com a Rua do Ouro. Habituei-me a ver o Tejo, ao fim da tarde, atravessado por cacilheiros que partiam para a outra banda. Ainda hoje, sempre que desço à zona ribeirinha, sinto a melancolia que, aos 21 anos, me enchia a alma. [...]»

                      
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)