terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O teu Olhar Brilha quando Olhas o Tejo...


«O teu olhar brilha e ganha vida quando olhas o Tejo.

Sentes-te feliz por sentires que ele vive uma "segunda vida", que já passou o tempo em que quase se limitava a ver passar os cacilheiros. Agora está sempre cheio de barcas, de múltiplos tamanhos e modelos, que levam os turistas até à foz... e depois voltam.

Até o Mar da Palha está diferente (o teu avô contou-te a história do seu nome, que ele começou a ser chamado desta forma pelos pescadores que chocavam com paus, palhas e juncos, por ali ficavam a flutuar, arrancados pelas correntes e pelas marés vivas, das margens das lezírias). Está mais vivo, mais azul...»


(texto meu, com a tentação de ser a legenda da fotografia...)

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O "Fado Maluda"...


Hoje recordo o "Fado Maluda", escrito pela poetisa, Rosa Lobato Faria, cantado por Carlos Zel, com Lisboa e o Tejo...

Fado Maluda

Nasceu guardiã dos sonhos
tem a magia nos olhos
traz os segredos na mão.
Torna Lisboa mais bela.
Quando pinta uma janela
Logo se abre o coração.

São quiosques, são telhados
e há pardais alucinados
embriagados de Tejo
e uma cegonha perdida
confusa, pediu guarida
numa tela de além-Tejo.

Tonalidades secretas
azuis da Prússia, violetas
ardências de chão queimado
e onde a noite principia
p'ra não morrer a magia
poisa os pincéis, canta o fado.


(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)