Vamos transcrever as partes mais importantes da sua conferência "A Avenida da Margem Sul do Tejo e os Transportes do Tejo", proferida em Almada, em Março de 1933, graças ao Boletim "Almada na História" (19-20), por aqui:
«Antes de enfrentar o mar e para chegar naturalmente até ele, Lisboa deveria ter acompanhado o Tejo.
Tudo indicava que assim deveria ter sido; tudo indica que assim deverá, ainda, ser para o futuro.
O Tejo das descobertas, o Tejo porto de mar, o Tejo cais da Europa, o Tejo porto de pesca, o soberbo Tejo panorâmico, rodeado do lado Norte de suaves encostas, até Cascais, indicava na verdade, historicamente, artisticamente, e até higienicamente, a orientação da urbanização citadina.
E assim se teria atingido o mar com as novas avenidas, que lançadas para o interior, ficariam confinadas, sem as prespectivas, que pelas meias encostas, no sentido longitudinal, lhes eram oferecidas, pelo estuário soberbo, ou, já mais adiante, pela baía majestosa, pelo mar, em fim.» [...]
(Fotografia der Luís Eme - Olho de Boi)
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