Adília Lopes é uma poeta de Lisboa que nos oferece alguma dose de loucura e de beleza nas suas palavras, diferentes, com uma marca muito pessoal, como nesta sua Cidade Branca.
Cidade branca
Cidade branca
semeada
de pedras
Cidade azul
semeada
de céu
Cidade negra
como um beco
Cidade desabitada
como um armazém
Cidade lilás
Semeada
de jacarandás
Cidade dourada
semeada
de igrejas
Cidade prateada
semeada
de Tejo
Cidade que se
degrada
cidade que acaba
Adília Lopes
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
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