sábado, 30 de abril de 2022

Ainda as "Odes ao Tejo" de Armindo Rodrigues...


Escolhemos publicar a parte final da "Ode Décima", de Armindo Rodrigues, por ter mais Tejo...


[...]

Sou eu, Tejo,
a sufocar, até ao impulso mais íntimo,
os anseios que me enchem,
para não quebrar o sossego tão puro
e, simultaneamente, sensual que me envolve.

Sou eu, Tejo,
a sentir-me com estranheza, eu próprio
sereníssimo,
apenas, porventura, um pouco receoso
de que a piedade,
impotente, 
me endureça.


(Fotografia de Luís Eme - Tejo)


Sem comentários:

Enviar um comentário