Volto a Bernardo Soares e ao "Livro do Desassossego" neste final e Maio...
[...] Muita vez me tem sucedido querer atravessar o rio, estes dez minutos do Terreiro do Paço a Cacilhas. E quase sempre tive como que a timidez de tanta gente, de mim mesmo e do meu propósito. Uma ou outra vez tenho ido, sempre opresso, sempre pondo somente o pé em terra de quando estou de volta.
Quando se sente de mais, o Tejo é Atlântico
sem número, e Cacilhas outro continente, ou até outro universo. [...]
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
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