O Sonho Adiado
O poeta continua a viagem
Pelo cais dos sonhos...
Mesmo sem a luz do Farol,
Sem a frescura da água
Das bicas do Xafariz,
Não desiste de sonhar...
Percorre o Ginjal
De mão dada com a serenidade
Deixa-se empurrar pelo vento
Naquele carreiro da liberdade
Apesar das paredes cinzentas
Marcadas pelo abandono
Acredita num futuro azul
Inspirado na beleza do Tejo
E no encanto das suas margens
O poeta continua a viagem
Pelo cais dos sonhos...
E promete, nunca desistir de sonhar...
[Luís Alves Milheiro, in "Palavras ao Tejo"]
E faça por cumprir a promessa. Quando se desiste de sonhar, ainda que continuemos por cá, estamos mortos.
ResponderEliminarAbraço e bom Domingo de Ramos
Sim, devemos sonhar sempre, Elvira. :)
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