«Convém não
esquecer o brilho do Tejo que aparece por entre uma viela, um beco, umas
escadas, do cimo de um adro de igreja. Peregrinar, como diria o mestre, é
afinal divagar. No café da D. Teresa “flippers” a piscarem luzinhas e a darem
bip-bip, as cerimónias do Dia de Portugal lá em cima nas terras da tua
infância, um metalúrgico-fadista que não chegou a cantar o fado pois as
senhoras queriam ver a TV e as variedades, zangado comigo por querer ir-me
embora, uma sopa bem quente para cortar a ressaca.»
[Eduardo Guerra Carneiro, “Sete”, 20 Jun 79]
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