Tudo começou de manhã, cedo.
Acordei com o seu sopro forte, que poderia muito bem ser um rugido. O Vento era mais uma vez, o porta-voz da natureza, e dizia que podia quase muito.
E durante o dia fez-nos o favor de ir varrendo a tal nuvem gigante que chegou do Canadá, cujos vestígios dos incêndios pintaram o céu de um amarelo quase acinzentado. Durante a tarde olhei para o espaço e da janela do lado sul já se via o azul, ao contrário da janela norte (curiosamente, virada para o rio).
O melhor estava reservado para a noite. A Lua voltou, tal como as Estrelas, que são possíveis de avistar da minha janela com toda a nitidez, graças à largueza Tejo.
Até apetece dizer que o melhor "Rio do Mundo" faz com que quase tudo seja possível ao olhar...
[texto de Luís Milheiro, publicado no "Largo da Memória]
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
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