«Há o Tejo, que a
todos reflectem; tanto Tejo azul em plataforma de riscos a debruar Lisboa, o
Tejo que “Recordações da Casa Amarela” (João César Monteiro) já libertara.
Zéfiro, não
pertencendo ao grupo das encomendas horárias, retrata com amor todo o Sul (e
Lisboa é Sul no seu soprar), mostrando aldeias, desperdícios industriais, a
poesia abandonada do Seixal, uma estrada a encher-se com um camião de bandeiras
já é arquitectura. Fica-nos uma terrível vontade de captar para sempre nos
olhos cheios aquele enamoramento; que sabemos guardado numa cadência
histórica.»
[Manuel
Graça Dias, “Público”, 16 de Setembro de 1994]
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