quarta-feira, 30 de novembro de 2022

O Tejo Azul do Sul...

«Há o Tejo, que a todos reflectem; tanto Tejo azul em plataforma de riscos a debruar Lisboa, o Tejo que “Recordações da Casa Amarela” (João César Monteiro) já libertara.

Zéfiro, não pertencendo ao grupo das encomendas horárias, retrata com amor todo o Sul (e Lisboa é Sul no seu soprar), mostrando aldeias, desperdícios industriais, a poesia abandonada do Seixal, uma estrada a encher-se com um camião de bandeiras já é arquitectura. Fica-nos uma terrível vontade de captar para sempre nos olhos cheios aquele enamoramento; que sabemos guardado numa cadência histórica.»

 

                                      [Manuel Graça Dias, “Público”, 16 de Setembro de 1994]


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