Continuando com as primeiras publicações no "Casario do Ginjal", uma transcrição do meu primeiro e único romance, publicado em 1995, com o Tejo e o Ginjal:
« [...] Quis recordar-se da sua primeira visita ao Oceano Atlântico, não conseguiu qualquer imagem. Devia ser demasiado pequeno. Ter vivido sempre paredes-meias com o Tejo não ajudou muito, o rio foi o seu primeiro mar. Dava grandes passeios com o avô pela estrada marginal do Ginjal. O velho Vasco Gama falava-lhe do tempo dos golfinhos e dos homens que nadavam até Lisboa. Os seus olhos brilhavam quase encantados, seguindo o voo das gaivotas e escutando aquelas palavras mágicas, acompanhadas pelo marulho leve das águas que lavavam as paredes da pedra do cais e eram mais que música de fundo [...].»
[In "Bilhete para a Violência", de Luís Alves Milheiro]
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Gostei de ler.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana