Mais uma homenagem ao meu amigo, Fernando Barão, que nos deixou na passada segunda-feira, com um poema onde me inspiro no amante da fotografia, que adorava tirar retratos em dias com nevoeiro...
O Fotógrafo da Névoa
Quando ouve a ronca do Farol
sente que o chamam no cais
para tirar retratos sem Sol
de belas paisagens fluviais
Prepara tudo com cuidado
a "kodak" é uma caixa de surpresas
que às vezes o deixa abismado
por o deixar fixar tantas belezas
A sua Isabel fica ao balcão
ele lá vai, atrás do nevoeiro
movido pela sua outra paixão.
Quem o olha, ali rente ao rio
ignora aquele artista de corpo inteiro
capaz de arrancar beleza até do vazio.
[Luís (Alves) Milheiro]
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Gosto do poema. E do sentimento de amizade e talvez já saudade com que continua a recordar o seu amigo.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo
Abraço Elvira.
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