No meu trabalho de pesquisa encontrei um texto sobre o Tejo, que é de tal forma abrangente, que percorre quase mais do que a nossa vista alcança, num dos muitos miradouros, da banda de cá e da banda de lá. Embora o texto de Jaime Cortesão tenha sido publicado no já desaparecido "O Jornal", penso que deveria ser uma transcrição, de um qualquer artigo sobre Lisboa, publicado anteriormente.
[...] «Para lá deste tumulto de formas e cores,
rasga-se em frente a enseada azul do Tejo, tão ampla e tamisada de tons que
logo funde tudo e mais em seu esplendor e vastidão.
A vista corre, lés a lés deste vasto cenário,
desde a barra e o mar até às vastas lezírias do Ribatejo, que já mal se
lobrigam ao nascente. Entre a barra e o portal de Cacilhas, apertado a sul
pelas colinas baixas da Trafaria, Lazareto e Almada, estende-se o canal do rio,
dum azul intenso e concentrado. Logo, e de chofre, o Tejo abre a enseada
imensa, que mais diríamos um lago, tão remansoso e fechado nos fica a toda a
volta. Para lá do pontal, mais abrigada, a enseada do Alfeite espelha as águas
límpidas e quietas dum azul leitoso.» [...]
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
E o Cacilheiro tão solitário. A foto foi tirada da Casa da Cerca?
ResponderEliminarAbraço e saúde
Foi...
Eliminar