António Gedeão, volta ao "Olha o Tejo", porque sim...
Vou-me até à Outra Banda
no barquinho da carreira.
Faz que anda mas não anda;
parece de brincadeira.
Planta-se o homem no leme.
Tudo ginga, range e treme.
Bufa o vapor na caldeira.
Um menino solta um grito;
assustou-se com o apito
do barquinho da carreira.
Todo ancho, tremelica
como um boneco de corda.
Nem sei se vai ou se fica.
Só se vê que tremelica
e oscila de borda a borda.
no barquinho da carreira.
Faz que anda mas não anda;
parece de brincadeira.
Planta-se o homem no leme.
Tudo ginga, range e treme.
Bufa o vapor na caldeira.
Um menino solta um grito;
assustou-se com o apito
do barquinho da carreira.
Todo ancho, tremelica
como um boneco de corda.
Nem sei se vai ou se fica.
Só se vê que tremelica
e oscila de borda a borda.
[…]
A vida é leve e arrendada
como esta réstea de espuma
toda a gente é séria e é boa!
Não existem homens maus!
Adeus Tejo! Adeus Lisboa!
Adeus Ribeira das Naus!
Adeus! Adeus! Adeus! Adeus!
[António Gedeão, in "Adeus Lisboa"]
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
Gosto da foto e do poema. Boa partilha.
ResponderEliminarAbraço e uma boa semana