«Havia e há tardes em que Lisboa carrega uma névoa de melancolia que se nos entranha pelo corpo adentro, que confundimos com a também latente humidade vinda do Tejo mas que é diferente e que, por vezes, nos apanha mesmo num dia quente de verão. Trata-se de uma melancolia leve, que não chega ainda a ser doença mas pode durar vários dias, e que nos impede de pensar ou ver para além do nevoeiro, que não é um nevoeiro meteorológico mas é como se fosse, apesar de estar dentro de nós.»
[Daniel Blaufuks, in "Lisboa Cliché"]
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
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